Sendrolaera - JohnLucasArte


A Paz Eterna é hoje, e hoje é o Dia.
É por esta porta que entrarás no Hogedia pelos Eternos Jardins com os céus manifestando tetos paradisíacos para guardar a alma no jardim. "Eu" sou o Jardim. O "Eu Sou" o Jardim é.

E as flores celebram, celebram a Paz Eterna de viver!

Os pássaros voam porque voam, flutuam em sagradas emanações de paz, abrem e movem as asas em lindas e sagradas emanações de paz, brincam, atravessam as altas janelas do Templo Craniano em sagradas emanações de paz, são banhados pelo topo de Luz com sua Paz de Emanação Sagrada. A Luz interior respirando a Si mesma, aquilo que a Tudo ama. Respira por suas janelas, portas dimensionais. Seus olhos enigmáticos emergem daquilo que não se vê, observa o todo mergulhado em sua criatura, em sua criação, sua criatividade, e também sua magnífica não-criatividade.

Emana enigmas.

Enigmas silenciosos.
O Silêncio Existencial, em sua bela sinfonia cósmica, orquestrando na suprema frequência a vida das células, energizadas num hiper-vácuo, flutuando em minha própria Alma, que não se preocupa se existe ou não existe, mas que É agora, e sempre. Nunca nasceu... Nunca morreu... Não foi... Não será... Ela É. Aqui. Agora. Não há sentidos perceptivos que captam. Apenas o SILÊNCIO dos mesmos.

Enigmagnanimidade!
Seus incontáveis rostos criadores derramam rios de Paz, desaguando em oceanos magnânimos de magnânima Paz a animar, a emanar, num mundo chamado REALIDADE.

"Quando compreendemos a natureza do Espírito, nós não temos que saber o que fazer com Ele. Não temos absolutamente nada a fazer com Ele. Ele realiza Seu próprio trabalho. Uma vez que alcançamos a presença de Deus, essa Presença estabelece harmonia. Uma vez que atingimos a compreensão da natureza da força espiritual, somos a Luz e não há trevas a dispersar."


E tudo o que tenho a falar pra vocês é nada... É tudo que eu tenho pra falar.

A Família (Trigueirinho)


A família tem estimulado as facetas egoístas de seus membros: apoia o caminho de realização pessoal e enaltece o amor-próprio; alimenta certa obrigatoriedade de convívio, muitas vezes não confessada, em especial entre pais e filhos. Tolhe assim, em muitos casos, a liberdade tão necessária de as pessoas tomarem os rumos a que estavam destinadas.

Em termos ideais, a instituição familiar deveria desempenhar o papel de primeiro instrutor do ser que nela encarnasse, preparando-o para encontrar a própria regência interna e para reconhecer a parte que lhe cabe no progresso do mundo. Todavia, de maneira geral ela é inapta para cumprir tal papel, e o ser encarnante encontra mais obstáculos que facilidades para perceber realidades universais no campo afetivo e no espiritual. Atualmente, quando as instituições criadas para ajudar os seres inexperientes desmoronam (como a família, as religiões, o estado e outras), é preciso ter verdadeira necessidade de chegar à vida espiritual para empreender tal busca por si mesmo e com o mínimo de apoios.

A família, como instituição, está carregando pesado carma, difícil de resolver se os que a integram permanecem no nível dos laços de afinidade ou de rejeição. Uma parte dos atuais problemas de relacionamento em família deve-se, também, ao fato de como grupo social ter perdido o sentido para muitos.

No entanto, grandes e radicais transformações são esperadas. A situação que no presente se vê, ao que parece sem esperança, será modificada com o surgimento de nova forma de convívio, que refletirá a interação entre almas e não se baseará em afinidades ou rejeições puramente humanas. Também outras significativas mudanças se efetivarão na constituição mesma do ser humano num próximo ciclo do mundo.

Restabelecer-se no Divino Reino - JOEL S. GOLDSMITH


Espiritualmente, somos igualmente herdeiros de Deus, filhos de Deus – herdeiros, co-herdeiros. Humanamente, Deus nem mesmo nos conhece. Não somos sequer conhecidos por Deus humanamente. Se Deus conhecesse seres humanos, todos seriam perfeitos. Se Deus conhecesse seres humanos, todos haveriam de ser saudáveis, prósperos e sábios. Se Deus conhecesse seres humanos, jamais um deles morreria. Deus não conhece seres humanos – não conhece humano algum, porque os humanos seguiram o caminho da carne. Para sermos conhecidos de Deus nós devemos ser filhos de Deus, herdeiros de Deus; e, para sermos filhos de Deus ou herdeiros de Deus, precisamos fazer algo. Como vínhamos aceitando esta criação dualista, esta crença no bem e no mal, esta egoidade apartada de Deus, esta imagem de nós mesmos, e que não constitui o ser que somos – aceitando, entretanto, tudo isso até agora, teremos de fazer alguma coisa. E a missão toda de Cristo Jesus – sua missão integral – foi nos mostrar o que nos caberá fazer para nos tornarmos filhos de Deus novamente – sermos restabelecidos no reino de Deus.

Jesus ensinou-nos aquilo que devemos e aquilo que não devemos fazer. Apontou-nos que não devemos agir segundo a lei do “olho por olho, dente por dente”. Não devemos retribuir o mal com o mal. Muita coisa nos disse sobre o que não devemos fazer; porém, ele principalmente nos apontou aquilo que devemos fazer: “Ama o próximo como a ti mesmo”. Sim, logicamente, todo aquele sob a cobertura do céu conhece esta declaração: “Ama o próximo como a ti mesmo”. Isto se tornou um clichê mundial. Mas, diga isto francamente às pessoas, de homem para homem ou de mulher para mulher, e elas lhe dirão: “Sim, entretanto isto não é nada prático! Era correto para Jesus, mas não para nós.” Elas não poderiam estar mais distante da verdade. Não puseram isto em prática, e não puderam testemunhar a sua praticidade. E isto não apenas é muito prático, mas, para ser franco, constitui a maneira única de nos restabelecermos no reino de Deus.

O amor não anseia por retorno ou recompensa: assim, se algo que porventura estiver fazendo contiver qualquer desejo de recompensa, reconhecimento, gratidão, aquilo se torna um trato, nunca amor.

Quando duas pessoas, que dizem se amar, assumem a atitude do tipo: “Você fará isto, enquanto eu farei aquilo”, saibamos que isso não é amor. Será um acordo. Amor é o que uma pessoa sente e executa sem o mínimo sinal de expectativa ou desejo de recompensa.

A melhor maneira de se explicar, está em pensar naquilo que fazemos por nossos filhos. Certamente não teríamos a intenção de fazer algo por eles na esperança de receber gratidão. Não, faríamos por aquilo ser nossa função como pais.

Se você conseguir expandir a mesma atitude com relação a todos, poderá eliminar de seus relacionamentos humanos todo tipo de discórdia. Os conflitos não surgem exatamente porque você aguarda algum retorno por algo que tenha feito? Ficando nessa expectativa, estará violando a lei espiritual.

Tudo o que lhe deve chegar na vida, deve provir de Deus, não de homens -- tudo. Deve ser, para você, privilégio e alegria fazer todo o trabalho que lhe for dado com o máximo de sua capacidade, não por recompensa, reconhecimento, gratidão, mas porque ele deve ser feito, e a única forma de você se realizar será fazendo-o dando o máximo de si.

Sua recompensa, sua compensação e a harmonia de sua vida devem vir de Deus, não de homens. Assim, se alguém retiver gratidão, reconhecimento ou recompensa, estará prejudicando a si mesmo, e não a você. A gratidão é um dos maiores atributos do amor, e uma pessoa que não estiver repleta de gratidão estará vazia de amor, que, na verdade, significa estar vazia de Deus. Uma pessoa que não é agradecida, que não colabora, que não compartilha nada, nunca está prejudicando a outra pessoa. Estará prejudicando somente a si própria.

No meu entender, tudo que fazemos deve ser feito pela realização de Deus como nosso próprio ser. Um funcionário que se dirigir ao local de trabalho, esquecido de patrão, esquecido do valor do salário, executando tudo com o máximo de sua habilidade, logo estará sendo considerado indispensável, e terá sua recompensa. Se ela não lhe chegar naquele emprego, virá em algum outro, porque se o empregador atual não for capacitado a notar este seu talento e bom desempenho, algum outro surgirá para fazê-lo, e acabará por contratá-lo. O ponto principal é que ninguém deverá jamais trabalhar meramente na expectativa de ser recompensado, pois sua recompensa poderá vir de outra direção.

O mesmo é válido nos lares: ninguém deverá fazer as coisas somente por reconhecimento ou gratidão, mas por aquilo ser o que lhe cabe fazer, e que deverá ser feito ao máximo de sua capacidade, na certeza de que a recompensa e reconhecimento virão de Deus, não de homens. Relacionamentos harmoniosos poderão ser mantidos somente nessa base. Se você investir em cada relacionamento o que lhe é devido, a harmonia é obrigada a acompanhar.

O Sermão da Montanha deve se tornar, para nós, um conjunto de princípios de vida. Deve ser considerado o padrão de nossa existência, se é que trabalhamos para sair da mortalidade rumo à imortalidade, para deixarmos ser alguém da terra, um homem natural, para, uma vez mais, sermos o Cristo. Há certas coisas que precisam ser feitas. Não devemos estar apreensivos quanto à nossa vida. Esta recomendação elimina todo tipo de oração por você mesmo, não? “Não esteja apreensivo quanto à sua vida”. Tente pôr isso em prática, e constatará quão louco poderá ficar, graças a Jesus e graças a mim. A Jesus, por ter ele dito isso primeiramente, e, a mim, por tê-lo lembrado disso. Observe como é difícil parar de orar por você mesmo, pela sua vida, pelo que irá comer ou beber, ou pelo que irá vestir. E, também, pelo transporte que irá ter, pelo lar que irá possuir, ou pela companhia que irá ter. Pense em varrer todas estas coisas de sua mente, a fim de poder ser filho de Deus, a fim de poder buscar a dimensão divina, o reino de Deus – o Meu reino que não é deste mundo. Você não conseguirá aplicar o Meu reino, a Minha graça, o Meu poder ou a Minha paz em cima “deste mundo”.

Tenho pedido aos nossos alunos, e continuarei a pedir, que eles dediquem um período de suas meditações diárias somente a Deus. Não por eles próprios, nem suas famílias, não por seus negócios, nem por seus pacientes ou alunos, e nem mesmo pela paz na Terra, mas tão-somente por Deus. Em outras palavras, que reservem um período de meditação em que irão a Deus com mãos limpas.

"Pai, não busco nada. Não estou pedindo nada para ninguém. Não vim aqui para obter algo nem realizar algo. Estou aqui com o mesmo espírito com que iria ver minha mãe onde ela estivesse disponível. Apenas para visitar. Apenas para comungar. Apenas para amar. O amor entre minha mãe e eu é de tal natureza que adoraria me sentar perto dela, andar com ela, me sentar a seus pés, ou ficar em seu colo. Adoraria estar na companhia dela, sem me importar se por dias, semanas, meses, ou se ocasionalmente, apenas pudesse contar com 2 ou 3 minutos de seu tempo. Nada desejaria dela. Nada estaria buscando. Apenas a alegria de estar em sua companhia, sentindo a alegria que flui naturalmente da mãe pra um filho, pra uma criança. Por isso estou aqui hoje. Você é o Pai e a Mãe de meu ser. Você é a Fonte de minha vida. Você é minha Alma, o meu Espírito. Você é Aquele que me faz pulsar. E eu venho neste momento apenas pela alegria da comunhão. Não tenho favores a pedir. Nem desejos. Passemos este momento juntos, em comunhão. De tal forma que, onde Você estiver, eu esteja. E que eu me lembre de que onde eu estiver, Você estará, por sermos UM. Apenas pela jubilosa percepção de que estou em Você e Você em mim. Sim, e se possível, sentir a certeza de Sua Mão na minha, ou um toque de Seu dedo em meu ombro. A Sua Presença me basta, é Tudo! A Sua Presença!"

Cosmolinama - JohnLucasArte

(para ver detalhes em tamanho maior, clique no desenho)

É uma Alegria a face da Essência das essências cósmicas.
Face Cósmica a musicalizar os seres a serem chamados de mundos, mundos de pura Vida celestial, a ser o que são, em seus palácios galácticos inter-projetados de suas faces vívidas.
Rosto bondoso do universo, lustre de lustrelas, velas de luz estelar, neste lar que é o Todo Olhar.
Transbordando uma grandiosidade interior cujo ser é o transbordar.
Átomos megaquânticos transbordando do vazio.
Átomos de consciência sorrindo do alegre-rio.

Geometrias Mestras brincando por entre as ocultas imanentes dimensões, com seus planos de expansão infinita, percorre profundas introspecções na perfeita estabilidade de ser fora e dentro em divertidos inverteres de conversores geramatrizelâncias construintes.

Corpos planetários flutuantes aos núcleos de quieta e fulgurante Realeza Cósmica.
Fogaréus em sublime ordem pelos brancos céus.
O tudo em torno de Si em reverenciar o Coração do Amor. Existência a repousar em seu próprio existir, a cuidar do caos no abraço de cada universo-local.

De múltiplos a criar esferas de individualidades, proporcionais aos níveis de plano onde se manifestam, onde se regurgita de níveis de plano de vazio. Na divisão pensável, na teia de quebra-cabeças desmontável, velejando no mar entre as peças, no jogo que a Luz brinca.



Era uma vez, numa Era, uma linha, uma partícula ínfima de um grão de areia da poeira solar. Uma vez, uma encarnação, em um corpo de solidez, mas não tão sólido quanto a consciência que o corpo não reconhecia. Era uma brincadeira de fingir não estar ligado à sua matriz.

A brincadeira parecia ficar séria. Em algum ponto de sua poeira, era preciso acreditar ou não, no que já se era. Acreditar era uma coisa estranha, fruto da tolice da separação.

Um sério coração não destrói seus brinquedos puros, só os usa para trabalhar, semeando a paz, as sementes das flores e árvores luminosas, que vinham a se tornar novos mundos de plenitude, arraigadas na Fonte Eterna. Roupas chamadas de corpos, diversas camadas de roupas. Mas roupas que não guardam outro corpo, apenas guardam o... o que não posso explicar a acreditadores.
E na sombra o caminho se perdia, ou ainda, na sombra o caminho se formava, pois precisava caminhar para a Luz, desflorestando a camada de impureza e brinquedos cortantes.
O caminhar para o Lugar que já é e já está.

O Farol cintilando, dando o sentido de princípio, e despertar nas cortinas que aqueles raios macios me permeavam.
As portas, as janelas, tudo se abre, num floreiro desabrochar na perfeita moradia onde habita o Eu de alegria infindável.
Eis que nada Real pode ser ameaçado. E o irreal não existe.
Não há mais o que esconder... E a cachoeira desaguando vitoriosa da Existência em si, das mãos onipenetrantes, por onde planetas podem flutuar, se esfarelar, como areia por entre seus dedos.
Tudo o que existe é o Eu. Nada existe independente desta Realidade do Eu.
Toda a bondade derramando-se pela cachoeira e a própria, que surgem do Eu cósmico, são também o Eu.
A Água Pura que santifica todas as vias da consciência, nutrindo cada passagem e processos dos eus fragmentários, tornando a totalidade.
Um eu olhando para si mesmo dentro de si próprio em muitos espelhos e reflexos.
Nas águas alegres que me nutrem e dão vida eu me deito, vou me derramando nas nuances imanentes, expandindo minhas diversas consciências nascidas e não-nascidas, a manifestar.

E alheio a tudo e dentro de tudo, sou eu aqui no Imanifesto e Absoluto.
A Serenidade doando-se em todas as completas direções.
Céu interior, mundo do coração, que os 'vividos de carne' não conhecem, porque não está no mundo que conhecem.
O Desconhecido brinca sereno.

Brincando um pouco de tempo com o Tempo, dos passados futuristas, dos futuros envelhecidos, da inocência nova e sutil às barbas naturais com certa fragrância de sabedoria.
Em silêncio de formosa gratidão, recolhendo-me a mim mesmo, permitindo que seu Ar me preencha, derramando do Coração da Vida. Eu permito porque quem permite na verdade é o Eu, com Sua suprema permissão e aceitação.
Agradeço o plano em que vesti esta teatralidade, e sou respirado de volta, na sublime realização.
A Face não se mostra em qualquer apresentação.
Trata-se sim de uma Revelação.
Releve irrelevâncias.
Vem rever o lar, revelar o que a Vida tem pra te ser, pra tecer, pra te viver, prático viver.
O que é irrelevante não importa.
Ouça o vazio do Cálice a ser habitado pelo Habitante, descobrirá que o escutador é o próprio.
Livre de interpretador, livre de livros ensinadores.
Ensinador Sou o "Eu".
O Não-Nomeado!

Quem TemPo Lar idades?


Antes de todos os tempos, a escrever o perfeito devaneio depois dos espaços, levando quase nenhum tempo para isso, uma cantoria se fez na janela desenjauladora.

Tão duradoura era, que o quase-nenhum-tempo resumiu-se a nenhum-tempo.
O tempo não dura. Apenas nos endurece.

Nem um tempo para mim, nenhoutro tempo para outro você.
Nenhum tem tempos que param em mim. Nem outro tempo pára. Encontro o você.
É outro eu.
O tempo está à solta e os outros querem encontrar no seu outrar.
Num imanente altar.
O nenhum-tempo resumido do quase-isto, multiplica em altares do altar.
Estas são as estações. As polaridades queimam nos motores para velejar e atravessar a ponte de nuvens.
Volta o Trem Polar, os polos cantam-se no som... Vou trem, eu vou em tempo de outros polos.
Numa volta que damos sem voltar, num fabuloso espiralar.

Quase-nenhum-tempo me chamo.
Quando voltei ao Lar.
É Lá! Há algum-tempo é muito Lá...
O tempo quer sempre alcançar... Mas chego apenas ao Cansar!

Então Ali o Lar, não é mais Lá, é bem Ali.
O pouco tempo é outro tempo.
Eita tempo pra chegar!
Quero que AquiloLá torne Aqui o Lar.
O tempo então que fica lá, pois estando Aqui estou Agora. É a hora...

Quase-nenhum-tempo me penso.
Quase-nenhum-penso me tempo.
Quase nenhum eu tenho, ou não tenho.

Nenhum trem polar forças tem, pra pular espaços, porque o tempo tem passos.

Antes de todos os tempos, a escrever o perfeito devaneio dos espaços, levando quase algum tempo para isso, uma cantoria sinto fluir na janela, já, ela é desenjauladora.

Desenhar em jaula, adora... A desenjauladora desenha a janela no muro e voa. O libertar estava dentro não da jaula, mas dela, projetou então a janela, demonstrou ser ela a janela.
Era ela a própria cantoria.
Um eterno criar que sentia.
Tão duradoura era, que o quase-nenhum-tempo resumiu-se a nenhum-tempo.
O tempo não dura. Apenas nos endurece.
Em muros e grades...

Antes dos tempos.
Quando o tempo pensar, quando o penso tampar a luz, tempar o tempo, tem par em duais polaridades, não fazer delas inimizades. Em pares de tempos completos o Ímpar se faz.

Depois dos tempos me antecederei a cantar a cantoria de liberdade.

Tão livre se fazia, que o quase-nenhum-tempo resumido a nenhum-tempo, cortando a corrente hifênica das palavras, tornou-se "nenhum tempo"... Mas permanecem ligadas em frase, ao menos nesta fase. Está fácil?

Tão livre é, que o nenhum tempo resumiu-se a nem um Nenhum, gerando um zerador...
Até que tão livre será, para zerar o gerador...



Re-sumiu-se a...

s u m i u a















(O texto não é o que é no tempo que lê ou escreve, mas no tempo-nulo de todo o espaço que também se anula!)

A Viagem Cósmica (Trigueirinho)


A chave para a iluminação do homem está no relacionamento entre os três níveis [forma, consciência e essência] de manifestação da vida em cada ciclo. Todavia, não é suficiente ter conhecimento da existência dessa triplicidade para que lhe sejam concedidos a sabedoria e o poder de exprimir a lei, pois esse poder e essa sabedoria advêm do contato com seu núcleo que está além dessa manifestação tríplice e é dela raiz.

Há um princípio que une as partículas materiais e a vida intangível. Esse princípio, que permite a coexistência dos mundos, deve ser encontrado pelo homem para que, conhecendo-o, possa colaborar inteligentemente na grande obra da Criação. É importante, pois, que um fervor inextinguível mova o ser a buscá-lo. Cada superação prepara-o para viver provas mais sutis.

A dor de estar imerso na ignorância tem de chegar a limites insuportáveis, a fim de que ele se esqueça de tudo o que concerne a si mesmo e se transforme em um canal para a libertação dos demais. Tendo atingido patamares mais elevados, inúmeras vezes terá de auxiliar os que estão aprisionados na forma, iludidos por movimentos fugazes.

Aquele que verdadeiramente serve ao propósito evolutivo aprofunda sua energia na sublimidade do cosmos, da inteligência e da matéria, pondo em foco a harmonia dos três mundos. Nesse trabalho, a afinação da consciência deve ser acompanhada do fortalecimento e da elevação vibratória dos corpos e, de modo especial, é preciso agir desapaixonadamente, sem envolvimentos com o que ocorre nos níveis concretos. É preciso também aprender a espontaneidade da Natureza, em que a morte, a vida e as transformações são fatos comuns.

[...]

Tudo o que se criou através dos tempos e em torno do qual a humanidade gravita será dissolvido. Multidões correram atrás de quimeras e lutaram por elas como se tivessem consistência, quimeras que, com um vento mais forte, serão reduzidas a nada. Como uma paz efêmera é sentida com a realização de desejos, as forças da ilusão conseguiram fazer crer à maioria dos homens que, para encontrar a paz derradeira, todos os desejos teriam de ser satisfeitos. A pura beleza e ordem das expressões divinas foi entendida então como luxo e conforto. Grandes enganos… Onde o supérfluo se instala mesclam-se verdade e ilusão.

Ciente desses princípios, cada ser humano deve preparar-se para a grande viagem cósmica. Em sua mente devem prevalecer vibrações que se afinem com o destino que o aguarda. Qualquer desejo acolhido furta a energia que deveria ser dedicada a essa preparação, desviando-a para engendrar meios de realizá-la. É preciso saber que há um poder libertador que cauteriza as feridas de milênios de engano: é um atributo da energia divina presente no âmago do ser.
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"O que é Oração (prece) na Cabalá?"

Dmenah Quilean - JohnLucasArte

Guardião das templárias portas
Profundidade dos plenos portais
Não há medida que o comporta
O servir do Amor é que o faz

Comportando a Vinda, a Chegada, o Viajante. Operante.
A Onisciência nascida num Lugar, cujos peregrinos chamam de Onipresença.
A Força onipotente os conduz até lá, ou talvez ali, não longe do Aqui.

Do Sol fulgurante ao destino dos raios lapidantes
O fulgor em tudo encontra, em pureza cintilante
A tempestade dos astros em lindas cavalarias cósmicas de algum espaço
Nuvens de anjos vem carregando, comportando a Luz que vai chegar

A chuva iluminada da Benevolência
Tem as esferas guardiãs à frente de si
É ela o que guarda, é a Consciência
Nuvens e trovões anunciam-se assim

Nos trovejares imponentes, os trovadores alegram e abrem as comportas da Alma.
Tornam-se o próprio brando caminho.
O Caminho pronto no Lar da santificada testemunha.
São meus olhos prontos, observistas da santidade branda.

O Sorriso manso da Imensidão, o Eu guardião, das entradas triunfadas ao Sempre-Além, me envolve em asas libertas, é a natureza divina da Alegria interior.
Consolidado por colunas celestes aterradas em meu santuário, consagrado pela introspecção ao nobre silêncio, transfere a Suprema Vontade Universal.
Assim na Terra, como no Céu.

No divino altar rodeado por jardins, a flor do Raiar-do-Dia é a que floresce em nosso coração no Raiar-da-Iluminação.

No Iluminar-do-Coração.

Krishnamurti - Acredita na reencarnação?

Pergunta: Acredita na reencarnação?

Krishnamurti: Em primeiro lugar, não sei quantos de vocês são versados nesta ideia da reencarnação, explicar-lhes-ei brevemente o que significa. Significa que para atingir a perfeição, têm que passar por uma série de vidas, recolhendo cada vez mais experiência, cada vez mais conhecimento, até chegarem a essa realidade, a essa perfeição. Sucinta e grosseiramente, sem entrar nas suas subtilezas, é isso a reencarnação: que vocês como o “eu”, a entidade, o ego, tomem uma série de formas, vida após vida, até que sejam perfeitos.

Agora não vou responder se acredito nela ou não, uma vez que quero demonstrar que a reencarnação é irrelevante. Não rejeitem imediatamente o que digo. O que é o ego? O que é esta consciência a que chamamos o “eu”? Dir-lhes-ei o que é, e por favor considerem-no; não o rejeitem. Vocês estão aqui para compreender o que estou a dizer, não para criar barreiras entre vocês e eu pela vossa crença. O que é o “eu”, esse ponto focal a que chamamos o “eu”, essa consciência da qual a mente se torna continuamente consciente? Isto é, quando é que estão conscientes do “eu”? Quando estão conscientes de vocês próprios? Só quando estão frustrados, quando estão impedidos, quando há uma resistência; caso contrário, são extremamente inconscientes do vosso pequeno ego como “eu”. Não é assim? Estão realmente conscientes de vocês próprios quando há um conflito. Portanto, como nós não vivemos senão em conflito, estamos conscientes dele a maior parte do tempo; e, por isso, existe essa consciência, essa ideia, que nasce do “eu”. O “eu” nesse conflito não é nada mais que a consciência de si como uma forma com um nome, com determinados preconceitos, com determinadas idiossincrasias, tendências, faculdades, ânsias, frustrações; e isto, pensam vocês, deve continuar e crescer e atingir a perfeição. Como pode o conflito atingir a perfeição? Como pode essa consciência limitada atingir a perfeição? Pode expandir-se, pode crescer, mas não será a perfeição, por maior que seja, com tudo incluído, porque os seus alicerces são o conflito, os desentendimentos, os obstáculos. Portanto dizem para vocês próprios, “Tenho que viver como uma entidade para além da morte, por isso tenho que voltar a esta vida até que atinja a perfeição.”

Ora então, dirão, “Se eliminarmos esta ideia do “eu”, qual é o ponto focal na vida?” Espero que estejam a acompanhar isto. Vocês dizem, “Eliminem, libertem a mente desta consciência de mim como um “eu”, e depois o que resta?” O que permanece quando são extremamente felizes, criativos? Permanece a felicidade. Quando estão realmente felizes, ou quando estão muito apaixonados, não há nenhum”eu”. Há esse tremendo sentimento de amor, ou aquele êxtase. Afirmo que isto é o real. Todo o resto é falso.

Portanto vamos descobrir o que cria estes conflitos, estes obstáculos, este atrito contínuo, descubramos se é artificial ou real. Se for real, se este atrito estiver destinado a ser o próprio processo da vida, então a consciência do “eu” tem que ser real. Ora, eu afirmo que este atrito é uma coisa falsa, que não pode existir numa humanidade onde há um planejamento bem organizado para as necessidades dos seres humanos, onde há verdadeiro afecto. Portanto descubramos se o “eu” é a criação falsa de um meio falso, uma sociedade falsa, ou se o “eu” é algo permanente, eterno. Para mim, esta consciência limitada não é eterna. É o resultado de um meio falso de crenças falsas. Se estivessem a fazer o que realmente quisessem fazer na vida, não sendo forçados a fazer um determinado trabalho que detestam, se estivessem a seguir a vossa verdadeira vocação, realizando-se na vossa verdadeira vocação, então o trabalho deixaria de ser atrito. Para um pintor, um poeta, um escritor, um engenheiro, que realmente gosta do seu trabalho, a vida não é um fardo.

Mas o vosso trabalho não é a vossa vocação. O meio e as condições sociais estão a forçá-los a fazer um certo trabalho quer gostem dele quer não, portanto vocês criaram já um atrito. Depois, certos padrões morais, certas autoridades estabeleceram vários ideais como sendo verdadeiros, como sendo falsos, como sendo virtuosos, etc., e vocês aceitam-nos. Aceitaram esta máscara sem compreender, sem descobrir o seu correto valor, e por isso criaram atrito. Assim, gradualmente, toda a vossa mente é deformada e prevertida e está em conflito até que se tenham tornado conscientes desse “eu” e de nada mais. Portanto, começam com uma causa errada, produzida por um meio errado, e têm uma resposta errada.

Portanto quer a reencarnação exista ou não, para mim, é irrelevante. O que importa é realizar, que é perfeição. Não podem realizar num futuro. A realização não é do tempo. A realização está no presente. Portanto o que é que está a acontecer? Através do atrito, através do conflito contínuo, está a criar-se a memória, memória como o “eu” e o “meu”, que se torna possessiva. Essa memória tem muitas camadas e constutui essa consciência a que chamamos o “eu”. E eu afirmo que este “eu” é o resultado falso de um meio falso, e por isso os seus problemas, as suas soluções, têm que ser inteiramente falsos, ilusórios. Ao passo que se vocês, como indivíduos, começarem a despertar para as limitações do meio que lhes foram impostas pela sociedade, pelas religiões, pelas condições económicas, e começarem a questionar, e por isso a criar conflito, então dissiparão essa pequena consciência a que chamam o “eu”; então saberão o que é essa realização, esse viver criativo no presente.

Colocando as coisas de maneira diferente, muitos cientistas dizem que essa individualidade, essa consciência limitada, existe depois da morte. Descobriram o ectoplasma e todo o resto, e dizem que a vida existe após a morte. Terão que acompanhar isto com algum cuidado, como espero tenham acompanhado a outra parte; senão, não a compreenderão. A individualidade, esta consciência, esta auto-consciência limitada, é um fato na vida. É um fato na vossa vida, não é? É um fato, mas não tem realidade. Estão constantemente auto-conscientes, e isso é um fato, mas conforme lhes demonstrei, não tem realidade. É apenas o hábito de séculos de um meio falso que fez um fato de algo que não é real. E embora esse fato possa existir, e existe, enquanto isso continuar não pode haver realização. E afirmo que a realização da perfeição não está na acumulação de virtudes, não está na postergação, mas sim na completa harmonia de viver no presente. Senhores, suponham que agora têm fome e que eu lhes prometo comida na próxima semana, que valor tem isto? Ou se perderam alguém que amam muito, mesmo embora lhes possam dizer ou possam saber como sendo um fato que ele vive no outro lado, e daí? O que importa, e o que na realidade acontece, é que há esse vazio, essa solidão no vosso coração e na vossa mente, esse imenso vácuo; e pensam que podem afastar-se disso, fugir disso, com o conhecimento de que o vosso irmão, ou a vossa mulher, ou o vosso marido, continua a viver. Continua a haver morte nessa consciência; continua a haver limitação nessa consciência; continua a haver um vazio nessa consciência, uma contínua dor de sofrimento. Ao passo que se libertarem a mente dessa consciência do “eu” descobrindo os valores correctos do meio que ninguém lhes pode dizer, então conhecerão por vocês próprios essa realização que é a verdade, que é Deus, ou qualquer outro nome que gostem de lhe dar. Mas através do desenvolvimento dessa auto-consciência limitada, que é o resultado falso de uma causa falsa, não descobrirão o que é a verdade, ou o que é Deus, o que é a felicidade, o que é a perfeição; porque nessa auto-consciência tem que haver conflito contínuo, esforço contínuo, sofrimento contínuo.


(trecho retirado de uma palestra em 1934 - Nova Zelândia)

Auxílios para Evoluir (Trigueirinho)


Pode-se dizer que o homem moderno passa pela vida sem realmente percebê-la. Tomem-se como exemplo as pessoas que vivem em áreas de alta poluição atmosférica, como os complexos industriais e as grandes metrópoles, que afirmam que com o tempo não sentem mais o mau odor no ar e deixam de incomodar-se com a irritação nos olhos. Devido a esse acomodamento gradual, processos de degeneração física vão-se tornando crônicos, e o desenvolvimento superior dos sentidos externos e internos vai sendo cerceado.

Por pautar a vida na ação imediatista, tendo em vista apenas o bem-estar pessoal, grande parte dos homens não consegue captar o que realmente se passa dentro de si e a sua volta. Podem estar num ambiente que nos planos sutis seja um potente dínamo de energias cósmicas, mas tampouco se dão conta desses aspectos impalpáveis. Por não se encontrarem em sintonia com a frequência por elas emitida, não se deixam tocar conscientemente por suas irradiações.

O afinamento da capacidade de interagir de modo lúcido com essas vibrações pode ser comparado à sintonização de um aparelho de rádio: para receber determinados sinais é preciso que esteja na frequência correta. Como pode um indivíduo contatar esferas de vida divina se restringe sua realização ao âmbito humano, focalizando prioritariamente a si mesmo e seus ideais? Por isso, o trabalho evolutivo autêntico visa ao alinhamento da consciência com valores transcendentes.

Todavia, deve-se lembrar que, do mesmo modo que os aparelhos de rádio podem ser sintonizados em diferentes frequências, a consciência pode mudar de sintonia e contatar fontes que transmitam estímulos mais elevados. É a atração dos núcleos internos, polarizados em planos superiores, que promove essa mudança. Quando ocorre, a consciência fica diante de uma prova: pode integrar-se à vibração que lhe está sendo revelada, ou permanecer na frequência antiga. Os auxílios para evoluir são sempre ofertados, mas cabe ao eu consciente aceitá-los ou não.

Mooji - Quem Observa o Observador

Celesto Segredeal - JohnLucasArte


Na afável lentidão deste acalento, sobrevoa a borboleta mística, num alento desse Além.
O Jardim das divinas moradas é o coração espiritual do Eu-do-Universo, sua viva eternidade é como é a ser o que é, que o tempo é inexistente tormento, o ar que não tem vento.
O fim transcendido pelo Início, que por si só se desagua pelas curvas em flores, pelas trajetórias interiores, pelas lagoas do UM dos maiores senhores.

A Harmonia em seu cantar
Nas alturas de Seu Altar,
A Si Própria assim revelar
Sendo o Ser o Próprio Lar.

Celeste Presença a dizer
Que O Infinito Eu é Você
Aqui estando tudo a ter
A Colheita dá-se a colher.

Colher de sua Origem aqui
Na Essência sempre a sorrir
Pela Bondade desse por-vir
Sou Sentimento que me senti.

A Luz no fluir de um teor
É a Paz de mundo superior
O Segredo num puro calor
Realidade do Todo-Amor.

Deixa-me merecedor de adormecer tranquilo no Silêncio de Sua Eterna Canção, cuja Mensagem tem o poder sublime, aquele de percorrer todos os mundos, dimensões galácticas destas finas existências...
Que eu possa refletir com perfeição e profundeza, a Imagem, a Semelhança, de vós ó VIDA!
Ó Vida de todo êxtase.
Ó Vida de completa integração na Sagrada Unidade.
Ó Vida de Maravilhosa Contemplação, contemplando a Si Própria através de seus filhos!


Verdadeira Maravilha!