Bom dia à leveza luminosa semeada pela ave, morando na árvore, balança nas folhas, entrelaça nos galhos, ainda esse vento, que venta, e venta, e não pára de ventar.
Luz que venta e me envolve desse ar.
Vento que aqui sinto.
Que na calmaria doce tornou-se apenas Ar.
Não existe movimento, brilha o suave Momento.
Sou livre do vendo e até mesmo do tempo, quando na Luz da sua presença o amor se faz intenso.
Intenso que leva as palavras agora pelo vento, mas continua aqui o sentimento.
Semeado por doce luz do vento.
Vida-bela!
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E o que canta ao seu redor é a inspiração que flui de dentro, num bailar suave que a nada conduz senão à dócil harmonia, o cheiro do amor, próprios de sua Essência...
Esse mistério inenarrável, que faz aquele alguém se admirar pelo olhar que reluz em seu sorriso, e pelo sorriso que reluz em seu olhar. O Coração quer falar.
Eu te amo.
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Ventania meio breve
voz fica mais leve
árvores que conversam
pelo sentido da alma
seres se universam
na profunda calma
beijo sutil em sua face
realiza o desenlace
novos mundos andar
assim nos enlaçar
na união verdadeira
à raiz da cerejeira
ao centro do seu olhar
meu coração toca
uma canção
muito doce
e suave
voz fica mais leve
árvores que conversam
pelo sentido da alma
seres se universam
na profunda calma
beijo sutil em sua face
realiza o desenlace
novos mundos andar
assim nos enlaçar
na união verdadeira
à raiz da cerejeira
ao centro do seu olhar
meu coração toca
uma canção
muito doce
e suave
eu te vivo
você desagua de mim
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Uma bolha perdida no ar, encontra-se em si mesma, na cristalina cúpula que é, no crepuscular raio quieto ao qual atravessa em suave piscar de olhos. Um piscar de olhos que não tem movimento. As cores sim tem movimento. Dentro do frágil e líquido cristal redondo as cores se movem graciosas. Você se encontra formosa num repouso molecular.
Seu silêncio me faz cantar ao seu redor, e a espessura delicada da bolha que te protege emana sons tão amorosos que minha cantoria desenha flores. Flores cujas pétalas são quase puras cores, aquelas que se movimentam, contornando a melodia do seu silêncio interminável, que recebe o que ama, pois tanto ama o que emana!
Como chuva que chora ao magnânimo abraço do rio, cujas águas chovem ainda nas profundezas. Deixa de ser chuva a gota que mergulha e vira silêncio no rio. Deixa de ser silêncio no rio a gota que derrama as águas, que emana lençóis d'água, que ama a chuva a lhe beijar a face aqui, num abraço amoroso. Num amor silencioso.
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Dedicado à Juliana.
Palavras que desde janeiro de 2010 foram surgindo intuitivamente e apontadas em direção a ela, e é ela quem com toda VITALIDADE merece essa mais profunda e dedicada luz. Desejo que caminhe por completo esta via interminável, assim como em sua transparência reflete tão admirável e sincera entrega. Muito a lhe agradecer.
E isso tudo: por amor...
Por amor.