Descarregamento de cargas!

O relógio dizia já estar à beira da meia-noite.

Muitas vezes, sensibilidades correspondem a certas dificuldades. Perante ao caos, ou quando também dentro dele, o caminho é manter-se na serenidade.
Claro, em graus que são verdadeiras experiências, e cada coisa está tão nítida à nossa louca sensibilidade, ou talvez esteja tudo embaralhado e nada pareça nítido, mas inclusive nesta ocasião, nosso ponto observador observa nitidamente que está acontecendo algo, algo absurdamente novo, algo absurdamente fora dos padrões, ou algo não muito absurdo... Mas ta tudo normal.
Calma né.
@_@ WOAAAAAHHH... Sim, haha, há realmente o ponto de calma, não se faz necessário se embaralhar na história que está ali para ser mostrada para si. O caminho é manter-se na serenidade, posicionando-se no vazio interno e deixando a história rolar da forma que for determinada pra rolar. O mundo pode estar a acabar, a noção de identidade pode estar a...han?identidadequeisso? Supostos pensamentos podem surgir desordeiros neste espaço, mas não é bom identificá-los... São tão alheios quanto a ilusão que os criou, que faz parte também de nossas próprias ilusões. Supostas emoções podem surgir desordeiras neste espaço, caramba, deixa... Não se faz necessário identificar-se. Permaneça no centro. "Não vá se perder por aí..."
Bom, em graus extremos...
Sinta o que for sentido...
Seguindo com sabedoria o Coração, que seremos guiados pelo mesmo.

Muitas adaptações em nossos campos estão ocorrendo. Assim vamos nos deparando com imensos conglomerados de energia, ou falta dela, que nos reviram, pra ver se acordamos de nossos sonos e cochilos.
O que existe é a sincronicidade, o equilíbrio não do desequilíbrio, mas do próprio equilíbrio. Se a sua história está bagunçada, não quer dizer que é assim, que não haja harmonia, pois uma história bagunçada é uma história fora dos eixos. Estes eixos são a referência, as palavras nas frases estão em torno "dos eixos". É o estado natural. Se temos pensamentos fora do eixo, atitudes fora do eixo, isso quer dizer que as coisas que estão fora do eixo, elas estão fora do eixo! Óbvio, não? E nem é preciso que alguém exerça a pressão, ou sei lá, para tentar colocar as coisas no trilho, ou no eixo, que muitas vezes são do próprio eixo desse alguém, que anda fora de um eixo natural. Porque de certa forma, todos estamos ligamos a esse "ponto" coordenado que mantêm a vida, e mais cedo ou mais tarde acharemos o caminho da nossa vida, que é um viver sublime.
Há muitas camadas, muitas, muitas... Assim vamos nos desapegando, entrando naquele estado do vazio, que falei lá em cima, para ficarmos receptivos ao eixo, ao ponto essencial, para que as trilhas se acendam nos labirintos de nossa mente e encontremos o caminho. O caminho que vem até nós. Enquanto toda a nossa história está sendo sincronizada, reprogramada, se adaptando ao eixo... Às vezes acontece de ficarmos afogados em turbulência, interna, ou externa, qualquer coisa...

Pois é, os sentimentos vão sendo trabalhados, e muita coisa vai sendo trabalhada, e muito contribui na egrégora, a rede de conexão vital, entre as pessoas, a natureza, o cosmos, enfim.
Ficar tranquilo né? =)
Quando fica no vazio, é quando nosso espaço mais puro é aberto, de tal maneira, que aquela LUZ nos preenche, e ilumina irradiando perfeição, e tudo vai tomando sua sincronicidade natural. De um modo fantasticamente simples... O caos que sentíamos se esvai, transformando-se na mais pura ordem, a qual nós mesmos fazemos parte, nós somos a própria ordem.
A ordem nos ciclos de um átomo que infinitamente compõe a matéria, gerando a ordem dos planetas em torno do sol, das luas em torno dos planetas, das estrelas em suas constelações, dos sistemas, das galáxias que expandem pela própria ordem. Ciclos tão extremos, e superficialmente percebidos, de fato, e a essência desta imensidão é a nossa essência também.
E... A gente é muito pequenininho, cara *-* hahuaha larga aí desses problemas cujo sentido não existe!
Temos bastante a trabalhar, nos conectando a esta ordem, para podemos consertar nossos estragos, através de energias mais altas e conscientes.
O que é nosso a gente alcança. Justamente.

Mandaleando (parte 2)

Pios passarinhescos que fazem seus pontos de cantoria no ar macio, com os lençóis da sonoridade da cítara... Vozes, vozes melodiosas vão galopando suaves como si mesmas. Melodiosas vozes que não necessitam da melodia para se tornarem melodiosas, e eu acho que essas vozes são uma única voz.
No pulsar de sua plenitude, que nem sabe de seu pulsar, e pulsa, em pulsações vocálicas.
Uma voz que tem o sopro da vida... E pouco existe para descrever sobre ela.
Talvez nem importa realmente essas descrições...
Mas estão aí... Descrevendo...
É preciso lacear a atenção das pessoas para o que está adentro destas descrições.
Descrições são meras descrições, que só ligam pontos um com outro, que pouco descreve ou explica algo. Não existem explicações.
E os poemas, ah, eles são só poemas.
Um superficial ponto de encontro, pois Realidade se encontra além dessas paredes ilusórias.
Mas poeticamente, nossa atenção é de fato laceada por certas belezas que descobrimos.
Um degrau a mais...

Onde o Leão descansa na alteza de uma mamãe da natureza, com tantos espelhos puros de luz cintilando essências de sentimentos, que desaguam puros... Desaguam por uma chuva, uma chuva muito calma... Mas ela é tão calminha, não sei se é doce, ou se também é algo que não sei... Mas eu sei dela, estou sabendo dela, e... Ah, ela sabe de mim...
Lagrimando risadas... Rindo minha choradeira que não se esconde, e nem pode esconder porque é tão linda! Cristalinos chuviscos que estão dentro de cada gota cristalina desta chuva calma... Universos que não acabam... Que existem para sempre... Dentro desta voz melodiosa que declama os sentimentos, sentimento que sou eu, e estou dentro da voz.
Tudo é dentro, não há algo fora. Não há algo.
Apenas HÁ. Apenas É. Apenas SOU.

A prosperidade superior, a constante e perfeita expansão da autêntica prosperidade.
Pétalas maravilhosas, desabrochando incrivelmente do Sol, são enormes, os mundos que caminham por elas deslizando pela consagrada criação, espiralando nas pontas finais destas pétalas de perpétuas pérolas de PAZ, infindável PAZ...
Luas que contemplam, e cumprem seus ciclos graciosamente, encantando a cada reflexo de fina contemplação.

Famílias simples e felizes, que aguardam seu momento de partir...
Alegria cósmica.
Flores, belas flores, no meu coração, e eu rio apenas por rir.
A Voz rindo através de mim, rindo a melodiosa cantoria.
Somos Um.
Somos Tudo.

Mandaleando (parte 1)




Leão que ruge.

SOL que aquece.

Um leonino astral repousando as patas grandes, coberto de um manto de Luz, por sobre as folhas pomposas, os galhos gloriosos, pequenos arvoredos de nuvem, compondo a copa da imensa árvore celestial! Seu tronco descia, descia, por uma longa, uma longa, longa altura, de Sua Alteza, Árvore, que continha suas raízes firmadas no Planeta Terra, por seu solo adentro.

Das raízes lá embaixo, não era possível ter o contato com os pontos mais dimensionalmente altos lá de cima, que até mesmo ia sumindo desse conhecido espaço-tempo e pensamento. Seu tronco subia, subia, por uma longa, uma longa, longa altura, de Sua Alteza, Árvore, que continha o florescer evolutivo dos altíssimos caminhos.


L E Ã O de leometria cosmogeométrica, poderoso leorganismo estelar... Vive nas consteleoações centrais envoltas dos reais centros leais da infinitude do Uno.

Sua Leogitimidade era profunda, e seu Cálice de Aleãogria permanece misteriosamente guardado. E talvez alcançá-lo, requer certamente a coragem que transborda do intuito do ser que caminha!


Tecido de luminosa Sabedoria
Aponta a este mar, como Guia
Com armadura de fiel Coragem
Na aventura da eterna Viagem
Navego pelo céu, que irradia vida, a vida que os olhos não enxergam, a vida que os ouvidos não escutam.
Navego...

Não tão sensorial...

Espectros índigos, violetas, brancos, luzes e não-cores.
Ambiente não ambientado.
É um Eu profundo.
Algo...
Derramando-se...
Tão sutilmente.
"Tão", talvez uma onomatopéia. Exprimindo a intensidade de uma gota de luz no vácuo tão denso.
Tão não intenso. E tão não denso. A Centopéia encaracolada numa bolha pontual.
Espiral do ponto infinito. Mais se expande e menos tem tamanho.
Tão contida. Tão confortável, na realidade cósmica em que se encontra.
Nada o encontra. Apenas o encontro em si é encontrável. Incontável unicidade!

Permanente enquanto permanência...
O ar ventaneiro não mais ri, não mais reproduz ruídos, rastros... Estática vitalidade.
Não mais se perde em ilusão. Nãomais... Nãomais... onomatopéias vibracionais, nais, ais...
Nnnnnã~lnwãommm-MmMmmmÁááêiyzssss... Som rápido e certeiro propagando absurdamente e TZH! Congelado... Realidade estática... Profundo e fluente silêncio.
O Sagrado Silêncio.
O Supremo Silêncio Existencial...

Aquela ausência da presença, se ausenta de si mesma, até porque nem ausência há!
A Presença!
Ergue as colunas templárias do infinito, flameja a paz das águas celestes, dos rios que tomam a forma pelos ares em geométrica epopéia.
Dos cristais líquidos, das ondas que cintilam pelo cosmo interior.

FONTE DE AMOR

Palavras que são quase meros rastros, como o assobiar da brisa em meu tato insensível da densa dimensão que lemos as próprias.
Há verdadeiros portais...
Além de nossas mentes carnais.
Chaves que Eu me traz!



(Imagem by Alex Grey)