O Farfalho que Amaciou

Farfalhou no céu os ciscos tracejados tão riscados de uma nuvem
Esbranquiçada em seus fragmentos que se afastavam de si quase devagar
Uma maciez que farfalhava
Farfalhos lentos e elegantes
Da beira deste abismo azul... Desmanchando-se em manchas em oceano sem fim
As manchas macias que rasgavam
Vão mergulhar agora, dissolver no tempo que agora acabou
É a beira, de sua própria beirada, este abismo, dos ismos que se derrubaram
Que se desnublaram!
Solta...
Nuvens soltas, nuas, onde estão suas raízes?

Que silêncio de abismo.

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