Quando você sabe quem realmente é, tem uma enorme e intensa sensação de paz. Essa sensação pode ser chamada alegria, porque a alegria é isso: Uma vibrante e intensa paz. É a alegria de saber que o seu ser é a própria essência da vida antes de ela assumir uma forma. Você se reconhece em todas as coisas. É um estado de total clareza de percepção. Você deixa de ser alguém com um passado pesado de experiências e condicionamentos através do qual todas as coisas são interpretadas.
Como a água, a consciência pode ser considerada sólida como matéria, líquida como mente ou sem qualquer forma como consciência pura. Através de “você” a consciência sem forma torna-se consciente de si mesma.
O desejo é a necessidade de acrescentar algo a você para ser mais plenamente você mesmo. O medo é a necessidade de evitar perder alguma coisa e tornar-se menor. O desejo e o medo nos impedem de perceber que ser não é algo que possa ser dado ou tirado. O Ser em sua plenitude já está em você. Agora.
Quantas vezes durante o dia, se você pudesse verbalizar sua realidade interior diria: “Não quero estar onde estou.”? É verdade que é ótimo sair de certos lugares, e muitas vezes é a melhor coisa que você pode fazer. Mas em muitos casos você não tem possibilidade de sair. Em todos esses casos, o “não quero estar onde estou” não só é inútil como prejudicial. Deixa você e os outros infelizes. Já foi dito: “Aonde quer que vá, você se leva”. Em outras palavras: Você está aqui. Sempre.
As pessoas precisam criar rótulos para tudo o que sentem, percebem, e para toda experiência. Precisam de uma relação de gosto/não gosto com a vida, mantendo um conflito quase initerrupto com situações e com pessoas. Será que isso é apenas um hábito que pode ser rompido? Não é preciso fazer nada. Basta deixar que cada momento seja como é. O ego não é capaz de sobreviver à entrega.
“Tenho tanta coisa pra fazer.” Muito bem, mas existe qualidade no que você faz? Falar com clientes, trabalhar no computador, realizar as inúmeras tarefas do seu cotidiano – você faz tudo isso com a plenitude do seu ser? Quanta entrega ou recusa existe no que você faz? É essa entrega que determina o seu sucesso na vida, e não a quantidade de esforço empreendido. O esforço implica estresse, cansaço e necessidade de alcançar um determinado resultado no futuro.
Se você percebe qualquer indício interno que revele que você não quer fazer o que está fazendo, você está negando a vida, e é impossível chegar a um bom resultado assim. Se você percebe esse indício, também é capaz de abandonar essa má vontade e se entregar ao que faz.
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